Cristãos iranianos não oram pelo fim da perseguição, mas sim pelo avanço do Evangelho

Pode ser ainda surpreendente para muitas pessoas que a Igreja que mais cresce no mundo esteja no Irã. No entanto, essa é a avaliação daqueles que viram e ouviram a notável história de milhões de pessoas se afastando do islamismo xiita e se voltando para Jesus Cristo.

A imagem que o governo islâmico do Irã quer apresentar ao mundo é uma grande manifestação com gritos de "Morte à América" ​​e "Morte a Israel".

Porém, aqueles que viram o Irã por dentro pintam um quadro muito diferente dessa nação.

“Você não pode acreditar nas imagens que vê na TV. Porque, por exemplo, todos os protestos que você vê nas ruas e que são televisionados, em grande parte são forjados. Aqueles jovens estão nas ruas porque seus professores dizem a eles que se não forem às ruas, não receberão suas notas. Então todos são forçados a protestar ”, disse um cristão iraniano, em entrevista à CBN News sob condição de anonimato.

Ele diz que há dois Irãs diferentes. Aquele que é exposto pela mídia nas notícias e outro, que ainda está escondido.

"Eu diria que há 10% do Irã e 90% do Irã. Dez por cento controlam o país de maneira mais opressiva, dura, religiosa e depois a maioria das pessoas, 90% das pessoas amam a América. Eles não odeiam americanos. Acho que essa é a mensagem que os americanos precisam ouvir”, explicou.

Ele quer que os americanos saibam que quarenta anos depois da revolução islâmica do Irã, há outra revolução espiritual em andamento.

“Despertem para a verdade de que vivemos em um tempo muito especial. Nos últimos 40 anos, mais pessoas abraçaram a fé cristã no Irã, do que nos 1400 anos anteriores. Então, este é o momento, não apenas em nossas vidas, mas na história, no qual vemos os iranianos chegando à fé em um ritmo tão rápido”, acrescentou.

A organização cristã ‘Frontiers Alliance International’ (FAI) está produzindo um documentário chamado “Sheep Among Wolves” (“Ovelha Entre Lobos”) para apresentar a igreja iraniana aos cristãos em todo o mundo.

"O que está acontecendo no Irã agora é espetacular", diz o fundador e diretor da FAI, Dalton Thomas. “É a Igreja que mais cresce no mundo, mesmo sem possuir edifícios, terrenos, que contas bancárias, liderança centralizada, nem inclinação denominacional. Mas ainda assim, ela está se multiplicando de forma incrível... O que o Senhor Deus está fazendo no Irã é impressionante”.

A prática de evangelismo resulta em intensa perseguição, a qual Thomas diz que leva os crentes iranianos a buscarem mais oração, mas não de uma maneira que muitos imaginam.

“Normalmente, a maneira que oramos por eles ou pensamos que eles colocam seus pedidos de oração é para que a perseguição termine. Mas quando ouvem sobre isso eles dizem: ‘não, não, não faça isso’. A resposta deles é esta, porque entendem que a perseguição está levando a Igreja a crescer. Quando a perseguição para, o crescimento também para. Eles dizem: ‘O que queremos é que o Evangelho se espalhe por toda parte e com profundidade no Irã”, contou.

Com o Irã e os EUA à beira de uma guerra, Thomas diz que é importante ver o que está acontecendo por trás do véu iraniano.

“Quando muçulmanos do Irã entram em contato com o Homem de Nazaré, algo bonito acontece. E quando eles percebem que foram comprados e salvos pelo sangue derramado por meio de um homem judeu, profetizado pelos profetas judeus em uma Bíblia judaica, algo surpreendente acontece; é isso que estamos vendo acontecer no Irã”, destacou.

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