quinta-feira, 25 de julho de 2019

Igreja da Cidade: o ministério que se expandiu sem ter a estrutura como foco

Igreja da Cidade: o ministério que se expandiu sem ter a estrutura como foco

A Igreja da Cidade tornou-se uma referência ministerial em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Com mais de 18 mil membros em um complexo de 200 mil metros quadrados, a igreja entende que sua estrutura é apenas um meio para servir a cidade e atingir um propósito maior — alcançar pessoas.

O histórico da Igreja da Cidade é antigo na região do Vale. Nasceu em 1942 como Igreja Evangélica Batista de São José dos Campos e, trinta anos depois, mudou seu nome para Primeira Igreja Batista em São José dos Campos. Passou a se chamar Igreja da Cidade em 2015, mas continua ligada à Convenção Batista Brasileira.

O Campus Colina, onde está localizada a sede da Igreja da Cidade, foi comprado em 2004 e, a partir de 2008, passou por dez anos de construção. Na entrada do complexo, é possível se deparar com o auditório principal, que comporta 6 mil pessoas, o auditório secundário e o Colégio Inspire, que leciona 700 alunos.

A igreja também conta com um complexo esportivo de 22 mil metros quadrados, uma casa de oração 24 horas e um batistério que são abertos para outras igrejas evangélicas. O espaço do Campus Colina também é compartilhado com a Prefeitura de São José dos Campos para eventos e treinamentos.

Em entrevista ao Guiame, o Pastor Sênior da Igreja Batista da Cidade, Carlito Paes, afirma que o objetivo da denominação é “receber, celebrar e repartir”. Sua visão à respeito da estrutura é como um meio de serviço, e não de vaidade denominacional.

“Fomos crescendo, Deus foi dando a estrutura, mas sempre como meio e nunca como fim”, disse Paes. “A Igreja da Cidade tem estrutura, mas ela nunca foi o foco”.


Pastor Carlito Paes durante ministração no auditório principal da Igreja da Cidade. (Foto: Igreja da Cidade em São José dos Campos)

Nos dez anos em que a Igreja da Cidade passou pelo processo de construção, o ministério não parou: foram implantadas 20 igrejas, missionários foram enviados pelo Brasil e outros países e mais de mil pessoas têm sido batizadas a cada ano.

“Acreditamos que o valor principal são vidas transformadas. Estrutura, comunicação, administração, tudo isso é meio para alcançar um fim. A igreja não pode perder isso de vista”, destaca o pastor.

“A estrutura de uma igreja, se não for para servir a um propósito e alcançar pessoas, não faz sentido. Espero que nossas igrejas sejam um lugar inspirador para receber, capacitar, mas também enviar”, acrescenta.

O envio é uma palavra que faz parte do DNA da Igreja da Cidade. “Nós acreditamos que a igreja não é o ponto de chegada, é o ponto de partida. Quem só chega na igreja, não chega a lugar algum. A igreja é formada dos que são enviados — enviados para o colégio, para a faculdade, para a empresa, para a sociedade em geral”, explica Carlito Paes.

“A igreja local está dentro do Reino, mas muitas vezes uma igreja local está tão voltada para si que ela não promove o Reino. Então antes de viver nossa realidade de igreja local, somos cidadãos do Reino”, observa o pastor. “Que a Igreja da Cidade e as igrejas evangélicas brasileiras entendam que o mais importante é promover o Rei, o Reino e expandi-lo através de igrejas e vidas saudáveis”.


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