A pequena Phoenix Richey tinha 8 anos quando uma tosse se transformou em uma doença que quase tirou sua vida. Dentro de 48 horas, a camada externa de sua pele começou a cair e sua aparência tornou-se semelhante às vítimas de graves queimaduras.
No entanto, este “fogo” era interno, causado por um vírus raro que deixou a derme em carne viva, com suas incontáveis terminações nervosas expostas e sangrentas. Phoenix perdeu 65% de sua epiderme, incluindo toda a camada externa da pele do rosto.
Os médicos deram pouca esperança a Joey e Nicole, os pais de Phoenix, que ficaram inicialmente em estado de choque com o diagnóstico de sua filha, que poucas horas antes parecia saudável.
Joey, de 41 anos, é líder de adoração na Assembleia de Deus do Calvário em Decatur, no Alabama (EUA) e Nicole, 36 anos, é filha do pastor principal, George Sawyer, e cresceu na igreja. O casal sempre teve uma fé sólida, mas essa experiência a aperfeiçoou.
Em janeiro de 2017, depois de uma suspeita de gripe, os sintomas de Phoenix se agravaram. Depois de uma bateria de exames no hospital pediátrico de Huntsville, os médicos decidiram internar a menina na UTI, onde poderia receber um tratamento individual.
“Eles disseram que levaria 30 minutos para transferir Phoenix para a UTI, mas isso se transformou em duas horas e meia”, lembra Nicole. “Quando eles finalmente voltaram para me pegar, ela parecia uma criança completamente diferente, ela estava tão inchada — quase irreconhecível”.
Um médico informou que Phoenix tinha a Síndrome de Stevens-Johnson, uma reação alérgica grave que colocou sua vida em risco.
“Foi como se o mundo inteiro parasse”, lembra Nicole. “Eu não conseguia pensar, orar, respirar ou chorar. Foi horrível. Demorei alguns minutos para entender que ela poderia simplesmente não viver”.
Quando a pele de Phoenix começou a cair, expondo a derme, os médicos sabiam que a Síndrome de Stevens-Johnson estava atacando seu corpo de dentro para fora. Phoenix perdeu 65% de pele, tornando-a extremamente vulnerável a infecções e doenças.
“Não há remédio para combater o nível grave da Síndrome de Stevens-Johnson”, conta Nicole. “Não havia nenhuma coisa terrena física que poderíamos fazer, exceto orar”.
Poder da oração
Essa foi a ferramenta usada pela igreja, que intercedeu por Phoenix em uma corrente de oração de 24 horas por dia. “Começamos a orar e clamar a Deus. Nós oramos de um lugar profundo das nossas almas, que não sabíamos que existia antes disso”, disse Nicole.
Em 10 de janeiro, Phoenix foi levada de helicóptero para a UTI de Birmingham, a 160 quilômetros. Os médicos a examinaram e tiveram pouca esperança. “Colocamos músicas de louvor em seu quarto e começamos a orar”, relata Nicole. “Enquanto orávamos em seu quarto, pastores e membros da igreja estavam no saguão do hospital orando também”.
Nicole acredita que as orações daquela noite travaram uma “guerra espiritual” pela vida de Phoenix. “O espírito da morte estava tentando chegar até ela, mas não conseguia. Nós andamos, oramos e intercedemos por horas. E então, de repente, pude sentir que a batalha estava ganha; a opressão foi embora”, disse Nicole.
Depois de uma semana, Phoenix foi transferida para um hospital em Cincinnati, no estado de Ohio, onde acordou do coma induzido e passou a se recuperar. Uma das partes mais dolorosas era trocar as ataduras da pele em carne viva — mas a pequena sabia que Deus estava com ela.
“Quando eu tinha que fazer as trocas de curativo doía tanto!”, conta Phoenix. “Nós oramos quando tudo começava e Deus me ajudou a passar por esses momentos”.
Esta não foi a única demonstração de fé de Phoenix. Nicole lembra que, mesmo quando ela estava sedada nas primeiras semanas, ela viu a boca de sua filha se mexendo, cantando a música You Make Me Brave (Você Me Faz Valente) da Bethel Music Kids.
Phoenix segura um letreiro com a palavra "Brave", que significa "Corajosa". (Foto: Facebook/Pray For Phoenix)
“Ela não estava apenas cantando, ela estava adorando. Nós cantamos o álbum inteiro. Ela levantava as mãos levantadas em alguns instantes… Foi o momento mais sagrado que já experimentei!”, lembra a mãe.
Novos desafios
Em 17 de fevereiro, Phoenix finalmente recebeu alta. No entanto, ela teve que enfrentar um dos efeitos colaterais da Síndrome de Stevens-Johnson: o interior de suas pálpebras tornou-se abrasivo. Cada piscada é como uma lixa, cortando a camada protetora dos olhos.
Ela passou a maior parte do verão de 2017 sem enxergar, tendo o olho esquerdo costurado para evitar mais danos ou possíveis infecções, enquanto o olho direito só lhe permitia detectar formas leves e vagas. Phoenix fez 26 cirurgias, sendo que 21 foram feitas para ajudá-la a recuperar a visão em seu olho direito, incluindo um transplante de células-tronco e um transplante de córnea.
“Toda vez que faço uma cirurgia, sei que os anjos Dele vão comigo, então não tenho medo de fazer isso”, afirma Phoenix. “Ele [Deus] me deu grandes amigos, professores e médicos e isso ajuda muito”.
Durante seus meses de cegueira, Phoenix triunfou sobre as frustrações e aprendeu sozinha a tocar violão, foi batizada no Espírito Santo e aprendeu muito sobre fé. Hoje, com 11 anos, ela quer se tornar uma oftalmologista pediátrica para ajudar outras crianças. “Eu quero que a minha história mostre às pessoas que Jesus é real e muito fiel”, afirma.
O pastor George Sawyer disse que a batalha pela vida de Phoenix fortaleceu a igreja. “Havia tantas pessoas orando tão intensamente que nossa igreja literalmente experimentou uma onda de avivamento”, conta. “O que foi projetado para tirar a vida de Phoenix resultou em uma liberação de um novo derramamento do Espírito Santo. Sei que a doença dela não foi enviada por Deus, mas por causa da maneira como nossa família e a igreja responderam, Deus está sendo glorificado e muitos estão vindo para Cristo”.
Phoenix com os irmãos e os pais, Joey e Nicole. (Foto: Facebook/Pray For Phoenix)
Menina quer usar luta contra doença rara para mostrar que “Jesus é real e fiel” publicado primeiro em https://guiame.com.br
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