A Bíblia condena a homossexualidade tanto no Antigo, como no Novo Testamento, mas para Gregory Rodrigues, (homossexual que protagonizou o primeiro casamento gay e o primeiro divórcio gay de Belo Horizonte) não há base bíblica para condenar as relações entre pessoas do mesmo sexo.
Por acreditar nisso, Rodrigues criou inicialmente a Igreja Inclusiva de Água Viva, atualmente com o nome Igreja Apostólica Benção e Vida por causa de conflitos jurídicos com outra igreja, e abre suas portas para a comunidade LGBT ignorando todos os versículos que falam a respeito da sexualidade e da forma como Deus diz que é abominação que um homem se deite com outro ou que sodomitas e efeminados não herdarão o Reino dos Céus.
Seu primeiro culto aconteceu dia 17 de maio de 2015, em um salão do Royal Center Hotel, em Belo Horizonte, MG. Época em esta reportagem foi divulgada na mídia.
Gregory está bacharelando em Teologia pelo Centro Universitário Internacional- Uninter e na mesma universidade se licencia em História, com previsão de término para este ano de 2017 em ambos os curso. Ele diz que os textos sagrados são registros históricos que não foram feitos para esse tempo, pelo menos a parte que fala sobre homossexualismo.
“A teologia tem se modificado. As pessoas têm aberto mais o pensamento e visto que aquilo é um conceito histórico. Toda essa pregação (diz que) Deus não aceita a homossexualidade. Onde está escrito que Deus não aceita a homossexualidade?”, questiona o pastor esquecendo de passagens como o capitulo primeiro do livro de Romanos.
Rodrigues diz que a salvação é feita pela misericórdia de Deus e que os pastores não podem apontar quem será ou não salvo. “Pastores se acham muito donos da verdade em poder falar ‘os gays não são salvos’, ‘os héteros são salvos’. Se nós somos salvos por misericórdia de Deus, não é o pastor que vai me falar se eu estou ou não em pecado”.
Sobre questões de discordâncias hermenêuticas, ele disse ao Gospel Geral que “não crítica quem prega o que está na Bíblia, mas observa que existem outros métodos de interpretação hermenêutica.”
Para acolher esse público cada vez maior, ele resolveu fundar uma igreja inclusiva que para reuniões semanais em um hotel na capital mineira. “A igreja inclusiva surgiu para tentar trazer essa familiarização do evangelho, para abrir os olhos para a questão homoafetiva. A igreja tem esse papel, não de ser uma igreja exclusiva para gays, mas de ser para todos e todas”, diz.
Filho de pais religiosos, Rodrigues contou ao jornal O Tempo que se descobriu gay aos 15 anos quando começou a se relacionar com o filho de um pastor. As brigas com o seu pai, um militar religioso, o fez se aproximar das igrejas inclusivas. (Guiame)
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