quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Governo Trump acusa ONU de promover o aborto e ameaçar o papel da Família

Governo Trump acusa ONU de promover o aborto e ameaçar o papel da Família

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Alex Azar, levou um grupo de 19 nações a pedir à ONU nesta semana que removam a linguagem pró-aborto de seus documentos oficiais, enquanto o presidente Donald Trump criticou a organização promover a prática.

Azar falou antes da Reunião de Alto Nível da Assembléia Geral da ONU sobre Cobertura Universal de Saúde na cidade de Nova York na segunda-feira em nome dos EUA e de outros países que assinaram uma declaração recente, expressando preocupação de que a ONU esteja minando o papel da família.

A cúpula foi realizada para discutir questões de controle climático e saúde.

“Não apoiamos referências a termos e expressões ambíguas, como ‘saúde’, ‘direitos sexuais’ e ‘reprodutivos’ nos documentos da ONU, porque eles podem minar o papel crítico da família e promover práticas, como o aborto, em circunstâncias que não gozam de consenso internacional e que podem ser mal interpretados pelas agências da ONU”, disse Azar.

O secretário disse que termos como "saúde sexual e reprodutiva" não levam em conta "o papel fundamental da família na saúde e na educação, nem o direito soberano das nações de implementar políticas de saúde de acordo com seu contexto nacional".

"Não há direito internacional ao aborto e esses termos não devem ser usados ​​para promover políticas e medidas pró-aborto", continuou Azar. "Além disso, apoiamos apenas a educação sexual que aprecia o papel protetor da família nessa educação e não tolera riscos sexuais prejudiciais para os jovens".

Azar solicitou que as agências da ONU se concentrassem nos esforços "que gozam de amplo consenso entre os Estados membros".

"Para esse fim, apenas documentos que foram adotados por todos os Estados membros devem ser citados nas resoluções da ONU", acrescentou Azar.

Contexto

Em julho, Azar e o secretário de Estado Mike Pompeo enviaram uma carta conjunta pedindo aos líderes políticos internacionais para se juntarem a eles na assinatura de uma declaração a ser apresentada na Assembléia Geral da ONU.

Entre os países que assinaram a declaração que Azar leu em voz alta na sede da ONU incluem líderes do Brasil, Bahrein, Bielorrússia, República Democrática do Congo, Egito, Guatemala, Haiti, Hungria, Iraque, Líbia, Mali, Nigéria, Polônia, Rússia, Arábia Saudita. Arábia, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.

“Os esforços para promover essas políticas prejudiciais em contextos multilaterais em que a política global de saúde é debatida e definida, como as Nações Unidas e organismos afiliados, como a Organização Mundial da Saúde, são perturbadores e devem ser desafiados”, diz a carta de Pompeo e Azar aos líderes mundiais.

“Eles tiram o foco das questões reais de saúde e importam os debates sobre políticas que devem ser tratados nos níveis nacional, subnacional ou comunitário. Além disso, estamos desapontados que o tom desses debates seja cada vez mais divisor, diminuindo o foco nas prioridades globais compartilhadas de saúde”, acrescentou.

Na ONU

Na última segunda-feira (23), a Assembléia Geral adotou uma declaração de 11 páginas sobre cobertura universal de saúde que, entre outras coisas, pede "acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e direitos reprodutivos" até 2030.

Na terça-feira seguinte (24), Trump usou seu discurso na Assembléia Geral da ONU para enviar sua própria mensagem contra a promoção global do aborto.

"Estamos cientes de que muitos projetos das Nações Unidas tentaram reivindicar um direito global ao aborto financiado pelos contribuintes sob demanda, até o momento da entrega", disse Trump. "Os burocratas globais não têm absolutamente nenhum direito de atacar a soberania das nações que desejam proteger vidas inocentes".

"Como muitas nações aqui hoje hoje, na América acreditamos que toda criança nascida e não-nascida é um presente sagrado de Deus", acrescentou Trump.

Trump elogiou organizações conservadoras e pró-vida por usar sua plataforma na ONU para expressar uma mensagem pró-vida.


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