quinta-feira, 30 de abril de 2020

Cristãos são passados para o ‘fim da fila’ para receber doações em pandemia, na Nigéria

Cristãos são passados para o ‘fim da fila’ para receber doações em pandemia, na Nigéria

Os cristãos nigerianos estão enfrentando uma discriminação flagrante, enquanto o país luta para conter a propagação do coronavírus e fornecer ajuda alimentar aos seus cidadãos. As informações são da Missão Portas Abertas que registra e relata a perseguição aos cristãos em todo o mundo, além de dar apoio a esses grupos perseguidos em diversos países do mundo.

A Portas Abertas relatou que em uma área da Nigéria, a minoria cristã se queixou de receber apenas um sexto dos alimentos dados a outros membros da comunidade. A instituição disse que outros cristãos dizem que foram "passados para o final da fila de ajuda ou esquecidos".

Apesar da Nigéria registrar pouco mais de 1.500 casos da doença até agora, os especialistas prevêem que a África possa estar sujeita a um surto de infecção nos próximos meses.

"Estamos apenas no início do desenvolvimento desta pandemia nesta parte da África", disse o porta-voz Jo Newhouse, segundo o The Express. "Existem muitas razões para nos preocuparmos com as minorias cristãs, como o impacto econômico da violência continuada contra os cristãos em meio a bloqueios, a marginalização dos cristãos, especialmente os convertidos [que deixaram o islamismo], e os cristãos acusados ​​de proliferar o vírus".

Calúnias

Cristãos em todo o mundo têm sofrido um aumento na perseguição após a divulgação de várias teorias da conspiração em países com forte índice de intolerância religiosa, que atribuem aos seguidores de Jesus a culpa pela disseminação do coronavírus.

Na Somália, por exemplo, que também está devastada pela guerra, o grupo terrorista islâmico nativo al-Shabaab transmitiu uma falsa mensagem à comunidade muçulmana de que o coronavírus está sendo espalhado “pelas forças cruzadas (cristãos) que invadiram o país e os países que não acreditam que apoiá-los."

Em Uganda, a comunidade islâmica radicalizada tem culpado os cristãos chineses pelo surto de coronavírus, argumentando que Alá os está punindo por queimar cópias do Corão.

A missão Portas Abertas observou que muitos muçulmanos radicais estavam "ameaçando matar qualquer pessoa que testasse positivo pela primeira para covid-19".


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