quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Antissemitismo leva judeus franceses a imigrar para Israel, apesar da pandemia

Antissemitismo leva judeus franceses a imigrar para Israel, apesar da pandemia

Apesar dos bloqueios e das restrições de viagens, Israel recebeu 140 novos imigrantes da França no aeroporto Ben Gurion na noite de segunda-feira (3).

“Os judeus da Europa e do resto do mundo estão atualmente enfrentando desafios complexos, e todo judeu deve saber que os portões deste país ainda estão abertos, mesmo durante uma emergência ou crise”, disse a ministra de Imigração e Absorção de Israel, Pnina Tamano-Shata.

“O Ministério da Imigração e Absorção acompanhará os olim (novos imigrantes) em seus primeiros passos em direção à integração na sociedade israelense, porque somente juntos somos mais fortes”, disse Tamano-Shata, que é imigrante da Etiópia.

Ela cumprimentou os recém-chegados no aeroporto e disse que Israel espera mais de 10.000 judeus imigrantes em 2020.

“Parabenizo nossos irmãos e irmãs da França, que são sionistas e cheios de amor por este país, e que hoje realizaram seu sonho de fazer a aliyah (imigração judaica para Israel) e se unir às pessoas que vivem em Sião”, disse ela.

Com mais de 450.000 judeus, a França tem uma das maiores comunidades judaicas do mundo. Mas muitos deles vivem com medo, pois os incidentes antissemitas continuam aumentando.

O aumento no número de judeus que buscam se mudar para Israel tem referência em uma profecia bíblica. No Antigo Testamento, o profeta Jeremias falou sobre Israel recebendo vendo o “retorno de seus filhos”.

“Por isso há esperança para o seu futuro", declara o Senhor. "Seus filhos voltarão para a sua pátria”. (Jeremias 31:17)

Alguns dos novos imigrantes disseram que fizeram a aliyah porque são sionistas e querem viver com segurança. Alguns deles disseram que enfrentam regularmente o antissemitismo, apesar dos esforços das autoridades francesas para acabar com isso.

Barbara Simha Bohadana, seu marido e três filhos estavam entre os recém-chegados de Paris.

“Fui demitida porque era judia. Um gerente da farmácia, para quem trabalhei como farmacêutica, nem tentou esconder o motivo da minha demissão. Ele apenas me disse que uma peruca ou qualquer outro sinal do meu judaísmo não era aceitável e que, se eu não tirasse, eu deveria me levantar e sair. Então me levantei e saí”, disse Bohadana.

“Meu marido, Dan, um anestesista de profissão, também teve dificuldade em encontrar um emprego por causa de sua formação judaica”, acrescentou.

Bohadana, que tem uma família religiosa de acordo com o “estilo de vida tradicional judaico”, disse que tinha a expectativa de fazer a Aliyah. “Estou tão feliz que estamos nos mudando para Israel e que nunca teremos que passar por essas experiências novamente”, disse ela.

Dentre os recém-chegados, 60 são menores de 18 anos, 11 estão nas profissões médicas e paramédicas, 17 têm carreiras em alta tecnologia e 27 trabalham em profissões de artes liberais.

O vôo foi patrocinado pela organização International Fellowship of Christians and Jews, formada por cristãos que ajudam os judeus a fazerem a Aliyah há mais de 20 anos. 

“Eles foram trazidos para casa ‘dos ​​quatro cantos da terra’, assim como os profetas previram. Bem-vindos a Israel, a esses judeus preciosos da França! Servimos verdadeiramente a um Deus vivo”, disse Yael Eckstein, presidente da organização.


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