Na última quarta-feira (12), o site Intercept Brasil publicou um vídeo no qual o criador de conteúdo do canal ‘AfroCrente’, Jackson Augusto, faz um relatório sobre o The Send, repleto de acusações ao evento e seus organizadores.
Entre as afirmações feitas por Jackson, estão acusações de que o evento tem uma “missão política” e também de ser uma tentativa de “catequizar o Brasil”, utilizando a juventude como “massa de manobra”, pelo fato desta “não ter uma opinião crítica bem formada”.
O integrante da liderança do evento, Henrique Krigner, respondeu ao vídeo e rebateu a sequência de fake news, que permeia quase todo o material de 7 minutos publicado pelo Intercept.
Logo no início de sua resposta, Krigner aponta que o site fundado pelo jornalista americano Glen Greenwald tem diversas acusações que colocam em cheque sua credibilidade como fonte jornalística.
"Esse vídeo foi organizado pelo Intercept Brasil, aquela organização que publica dados, divulga fatos duvidosos, que já foi acusada várias vezes de vazar informações sem autorização, de burlar a lei... enfim, são esses caras querendo falar de algo tão precioso para a gente, como o The Send Brasil", explicou Henrique, apresentando uma série de respostas às fake news divulgadas no vídeo do Intercept.
Festival de Fake News
Confira algumas das fake news divulgadas e as respostas de Krigner, desmentindo as informações infundadas:
Intercept: O The Send é uma rede de missões evangélicas norte-americanas, que tem a missão de evangelizar a América.
Krigner: Já começou errado. O The Send é um coletivo de ministérios internacionais, não só norte-americanos, mas internacionais, que tem o objetivo de despertar uma geração. Os caras se uniram e falaram: 'Nós precisamos tirar o jovem cristão do banco da igreja e colocá-lo na sociedade para fazer a diferença
Intercept: O projeto The Send começou a ser pensado em 2016, com um encontro menor, chamado Azusa Now.
Krigner: Aqui vai mais um equívoco, que está entrando no campo da mentira. A história do The Send é notória e sabida por todos na internet. Em 2018 foi quando os líderes do The Send se encontraram na África do Sul, para planejar o que viria a ser o The Send, de fato. Em 2019 aconteceu o primeiro ajuntamento lá na Flórida e em 2020 no Brasil.
O Azusa Now foi a celebração do avivamento da Rua Azusa, comemorando ali o aniversário do avivamento e foi organizado pelo The Call. O The Call foi um movimento para clamar pela presença de Deus, pela interferência de Deus nas nações, que foi fundado em 2000 e já percorreu o mundo inteiro.
Intercept: Esse não é o caso do The Send. Ele surgiu com intenções bem diferentes. Na verdade, ele é liderado por norte-americanos brancos.
Krigner: Sabe quem é liderado por norte-americanos brancos? O Intercept Brasil, que tem como seu fundador o Glen Greenwald, que foi acusado pelo Ministério Público Federal de vazar dados de forma ilegal, de raquear celulares de autoridades e pegar fatos que são conversas e construir uma narrativa falaciosa, completamente mentirosa.
O Téo [Hayashi] faz parte do grupo internacional de líderes do The Send e é fundador do Dunamis Movement. O Téo é descendente de japoneses, nasceu em São Paulo e não é norte-americano. Mas no período que estava lá nos Estados Unidos foi ordenado pelo seu pastor, que é africano. Quem está liderado por norte-americanos brancos? Não faz sentido nenhum.
Intercept: O The Send é um movimento em massa organizado, que tem o objetivo de influenciar a política dos países onde atua.
Krigner: O The Send não nasceu para influenciar [só] políticos. Nós queremos influenciar políticos, médicos, engenheiros, enfermeiros, pais de família, mães de família, professores… a gente quer influenciar a sociedade como um todo, porque isso é um mandamento: fazer discípulos de todas as nações.
Intercept: No Brasil, o The Send chamou a ministra Damares e o presidente Jair Bolsonaro para a sua segunda edição, que ocorreu em fevereiro.
Krigner: O presidente Jair Bolsonaro não foi convidado, extraoficial, nem oficialmente para estar no The Send, muito menos para subir ao palco. Ele foi lá por livre e espontânea vontade e é óbvio que a gente não fecharia o portão do estádio na cara dele. Agora, a ministra Damares Alves foi ‘terrivelmente’ convidada para estar lá e eu tenho muito orgulho de ter feito parte desse processo. A ministra não só cuida de todas as questões sociais que esse vídeo vai trazer mais para a frente, mas ela também tem uma trajetória de anos e anos em um trabalho com crianças, tribos indígenas e Direitos Humanos das mais diferentes expressões. Isso qualifica, não só a Damares Alves, mas todos os outros pastores líderes de projetos sociais que pisaram no palco do The Send para estarem lá.
Intercept: Sua edição de fevereiro ocorreu com 140 mil pessoas ao mesmo tempo que lotaram três estágios de futebol ao mesmo tempo, em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
Krigner: O The Send nunca aconteceu em Belo Horizonte. O The Send aconteceu em dois estádios da cidade de São Paulo e um de Brasília, mas nunca nem passou por Belo Horizonte. Aí vem a pergunta: a pessoa que não se dá ao trabalho de analisar os fatos tem credibilidade para levantar insinuações sobre ‘o que The Send queria fazer por debaixo dos panos’?
Intercept: Não se engane com as aparências, as pessoas nas “Churches” também têm um aspecto mais diverso. Tem gente com tatuagens, piercings, roupas descoladas, mas o discurso não tem diferença alguma aos fundamentalistas religiosos. É o mesmo discurso: conservador. É exatamente aí que a ala evangélica e fundamentalista conservadora se encontra com a galera do The Send.
Krigner: De novo, gente. Não tem novidade nenhuma nesse discurso. Eles querem criminalizar o fato de você ser conservador. Eles querem demonizar isso para você ficar ali sem referência e pensar então, que não tem solução e eles aparecem no plano de fundo como os grandes redentores, que sabem e dominam a narrativa bíblica.
É a mesma história lavada: querer dizer que você ser conservador é ruim, que ser conservador é ser bolsonarista, que ser conservador é ser fascista, nazista. Essa história é história lavada e aqui para cima da gente não vai cair. Esse discursinho é barato demais, joga fora.
Intercept: A lógica neoliberal por trás dessas igrejas precisa de uma juventude que seja massa de manobra política mesmo, que ainda não tem muito formação crítica.
Krigner: Isso aqui é muito sério. Não é a primeira vez que alguém vem dizer que ‘crente é burro’. Ele está falando que você, que acredita no The Send, você que fez parte, que orou, se empolgou, se mobilizou para estar lá no The Send por tudo aquilo que estamos pregando, que você é burro. Basicamente é isso que ele está dizendo, que você é massa de manobra. Nós não vamos mais aceitar esse tipo de estigma. A nossa geração não vai mais aceitar isso, porque não tem nada a ver com o que nós somos. Nós temos uma identidade formada, estamos caminhando para um destino, temos uma direção e essas vozes que vêm tentar abafar a gente não vão conseguir mais.
Resposta da Ministra Damares Alves
A ministra Damares também reagiu ao vídeo publicado pelo Intercept com uma publicação em suas redes sociais, na qual repudiou a sequência de fake news divulgada pelo Intercept.
“Sim, eu fui ao The Send! Fui convidada como pastora, mãe e ativista pelos direitos humanos. Conheço a galera que fez parte do The Send há anos e por eles sou apaixonada. Eu acredito nesta nova geração de jovens cristãos que estão incomodando, quebrando paradigmas e abalando os países com a mensagem de paz e salvação”, publicou a ministra, compartihando também o vídeo feito por Krigner.
Clique no vídeo acima para conferir todas as respostas de Henrique Krigner.
Intercept diz que The Send 'usa jovens como massa de manobra' e líder rebate fake news publicado primeiro em https://guiame.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário