quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Família cristã é esfaqueada por muçulmano no portão de casa, no Egito

Família cristã é esfaqueada por muçulmano no portão de casa, no Egito

Empunhando uma faca, um extremista islâmico atacou uma família cristã sentada do lado de fora da entrada de sua casa, como é um costume comum nas aldeias, em 17 de novembro.

O incidente ocorreu em uma vila rural do Alto Egito, localizada ao norte da cidade de Minya, de acordo com a International Christian Concern (ICC).

A mãe, uma viúva chamada Houda Hana, recebeu 20 pontos na cabeça. O filho mais novo sofreu ferimentos leves em todo o corpo. O filho do meio, Shenouda, sofreu ferimentos que exigiram cirurgia para o fígado e intestinos.

O filho mais velho, Mina, não estava presente durante o incidente. A família não conseguiu voltar para sua casa após o ataque.

Mohammed Eid Moussa passou por sua casa e começou a questionar por que a família se sentava à vista do público. Quando os cristãos afirmaram seu direito de se sentar fora de casa, Mohammed pegou uma faca em sua casa e começou a atacar os cristãos.

"Foi um momento muito difícil para mim", disse Mina à ICC. Ele agora está reunido com sua família após o incidente.

"Não podemos voltar para a vila. No momento, tentamos evitar brigas e disputas com eles. A família dos extremistas vive em uma casa que não fica longe de nós. Não permitiremos que eles nos induzam a combatê-los ou algo assim. Se fizermos algo assim, perderemos nossos direitos de punir os extremistas. Queremos aplicação da lei”, explicou o filho mais velho.

No ano passado, Mohammed atacou outro cristão com um cutelo. Por esse motivo, muitos cristãos da vila estavam cientes de suas tendências violentas. Ele é conhecido por odiar cristãos. A polícia o prendeu, mas a família relata a pressão da Igreja para prosseguir uma sessão de reconciliação, em vez de buscar justiça através do sistema legal.

O Egito tem a maior concentração de cristãos que vivem no Oriente Médio.

Assédio, discriminação e violência contra os cristãos são comuns, pois são vistos como cidadãos de segunda classe, já que o país é oficialmente islâmico.

O Egito é classificado como País de Nível 2 de Preocupação Particular pela Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional.

Claire Evans, gerente regional da ICC para o Oriente Médio, disse: “Somos gratos por não ter havido mortes neste incidente e oramos por uma rápida recuperação da família”.

Claire informou que “pedimos às autoridades locais que responsabilizem o agressor pelo sistema legal, em vez de excluí-lo da justiça, realizando uma sessão de reconciliação. Ficamos felizes em saber que a vila apoia os cristãos nesse pedido e esperamos que o devido processo legal seja aplicado a essa situação.”


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