Desde 1º de setembro, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo estão autorizados na Irlanda do Norte. A aprovação para o casamento civil aconteceu em 13 de janeiro, mas as cerimônias religiosas não eram permitidas para casais gays.
Robin Walker, Ministro de Estado da Irlanda do Norte, introduziu a mudança nas regras de casamento no Parlamento em julho.
Patrick Corrigan, Diretor da Anistia Internacional para a Irlanda do Norte e parte da coligação Love Equality, disse na altura: "Este é um dia marcante para a igualdade na Irlanda do Norte”.
A proposta teve resistência de grupos evangélicos irlandeses. Colin Hart disse que a liberdade de expressão seria "largamente desprotegida" se as mudanças fossem adiante com a ideia.
O diretor do grupo evangélico questionou o fato de a votação ter acontecido sem "nenhuma consulta e nenhuma consideração sobre como proteger aqueles que respeitosamente não concordam com a redefinição do casamento para incluir relações entre pessoas do mesmo sexo".
Os novos regulamentos permitem que as igrejas tenham o direito de decidir por si mesmas.
Rev. Daniel Kane, do Conselho de Relações Públicas da Igreja Presbiteriana na Irlanda (PCI). (Foto: Reprodução / Belfast Live)
O Rev. Daniel Kane, do Conselho de Relações Públicas da Igreja Presbiteriana na Irlanda (PCI) disse que "a posição da Igreja Presbiteriana na Irlanda sobre o casamento é bem conhecida. Como denominação, defendemos o entendimento histórico e cristão de que o casamento é exclusivamente entre um homem e uma mulher”.
"Temos nos oposto sistematicamente à redefinição do casamento e, portanto, como Igreja, saudamos o fato de que os regulamentos reconhecem por lei o direito da PCI e de outros corpos religiosos de manter sua posição e não realizar tais cerimônias", declarou Kane.
Votos na igreja
Falando ao Guiame, a advogada Patrícia Alonso diz que “a questão não é a permissão ou não da realização dos casamentos religiosos do mesmo sexo, mas sim, se o religioso se negar a fazer o referido casamento, ou não permitir que use as dependências da igreja a qual pastoreia para a realização desses tipos de ‘casamentos’. Será ele chamado de ‘homofóbico’?”
Em fevereiro deste ano, o jornal “The Irish Time” publicou a preocupação de cinco bispos da Irlanda do Norte ao pedirem proteção contra acusações de discriminação para membros que se recusam a oficiar casamentos do mesmo sexo.
“E para aqueles que pensam que o simples fato de permitir ou não resolverá a questão estão muito enganados”, diz Patrícia, acreditando que “as próximas reinvindicações serão os reconhecimentos de todos os tipos de relações sexuais, e sempre com a pecha da ‘bênção de Deus’”.
Citando a Constituição Brasileira, que garante a liberdade de expressão e de religião, o Pr. Roberto Cruvinel disse ao Guiame ser contra uma legislação que obrigue o ministrante a quebrar suas convicções pessoais e religiosas. “Não sou obrigado a ferir a minha convição, e ela diz que eu não posso fazer isso”, afirma.
Patrícia Alonso diz que a “Igreja De Cristo no Brasil precisa sair da letargia e tomar posicionamentos para que o Evangelho no Brasil continue a manter o que está escrito em Atos do Apóstolos 28:31: Ensinando o Evangelho com liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.’”
Com a nova mudança na Irlanda do Norte, o país passa a estar alinhado com o que já é feito na Escócia, Inglaterra e País de Gales.
Irlanda do Norte autoriza casamento religioso entre pessoas do mesmo sexo publicado primeiro em https://guiame.com.br
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