Meu coração se enche de tristeza ao ler os comentários desumanos, que eu chamo de "MALDADE DIGITAL", sobre a triste perda do netinho de 7 anos do ex-presidente Lula da Silva. E pasmem, muitos replicados e até reproduzidos por evangélicos.
É claro que não estou aqui questionando o fato de Lula ser um homem condenado pelos seus atos perante a Justiça do País. Como diz a linguagem jurídica, “está tudo nos autos”. Mas compreender que na sua humanidade, ele também é pai e avô e sente esta perda de maneira sincera e profunda, isso ninguém pode questionar.
É a dor de um avô… mesmo sendo ele um detento. Creio que o direito de prantear a morte de um ente querido e próximo, como um filho ou neto, é sagrado e inquestionável. Por isso, cabe aqui uma oração ao homem, um reconhecimento de misericórdia ao avô. Que o seu pranto seja consolado por Deus, e que as pessoas reconheçam que a vida é um mundo de acontecimentos sem lógica, sem razão, sem motivo aparente!
De manhã, podemos ser consumidos pela felicidade e à tarde a maior das tristezas pode destronar qualquer alegria. E ao perder um neto, não existem palavras que ajudem num momento desses. Simplesmente, nenhuma mãe merece perder seu bebê, nenhum pai merece perder seu filho, e nenhum avô merece perder seu neto.
Essa jamais é a ordem natural das coisas. Ninguém sabe lidar com a morte, isso é fato! Mas creio que cada um de nós pode ser um pouco mais sensato e misericordioso. E o que o nosso Evangelho jamais seja belicoso e intransigente. Não precisamos pedir que soltem Barrabás, mas podemos reconhecer que até o mais vil pecador possui a sua humanidade e valor diante de Deus como qualquer um de nós!
Por Bruno dos Santos, Teólogo, Escritor, Lifecoaching e Palestrante nas áreas de Espiritualidade, Liderança e Autogestão.
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Misericórdia à dor de um avô! publicado primeiro em https://guiame.com.br
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