quinta-feira, 23 de julho de 2020

Professora investigada por dizer que homossexualidade é pecado tem apoio na Câmara da PB

Professora investigada por dizer que homossexualidade é pecado tem apoio na Câmara da PB

Um voto de solidariedade para com a professora Lourdes Rumanelly, investigada por homofobia, foi protocolado nesta quarta-feira (22) na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na Paraíba.

A professora de biologia, que também é teóloga, havia feito uma live em seu perfil pessoal do Instagram em 1º de julho, pontuando a homossexualidade como “perversão”, “imoralidade” e “pecado”. 

Após uma denúncia da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados na Paraíba (OAB-PB), um inquérito foi instaurado pela pela Delegacia de Crimes Homofóbicos na semana passada.

O voto de solidariedade foi protocolado pela suplente de deputada federal, vereadora Eliza Virgínia (PP). “A educadora vem sofrendo por intolerância religiosa e cristofobia, consequente de julgamento imprudente causado pela divulgação de fake news nas redes sociais e pela mídia”, justificou Eliza.

Eliza criticou ainda o voto de repúdio apresentado contra a professora na CMJP pela vereadora Sandra Marrocos. “Apoiar o repúdio é ir contra a Bíblia e os ensinamentos de Cristo. Se a vereadora Sandra continuar acusando a professora de homofobia, vou acusá-la de cristofobia”, disse Eliza em suas redes sociais nesta quarta-feira (22).


O voto de solidariedade foi protocolado pela vereadora Eliza Virgínia. (Foto: Olenildo Nascimento/CMJP)

A vereadora diz que as acusações de homofobia têm causado danos morais e materiais a professora. “Ora, onde está a tal diversidade religiosa que eles tanto defendem? Quando é cristão pra eles não vale? Não é de se esperar menos, quando por exemplo eles elegem ‘Leonardo Boff’ como ídolo cristão a ser aplaudido”, disse a parlamentar.

Eliza fez também outros questionamentos: “Qual será o próximo passo? Repudiar a Bíblia? Eles querem fazer isso, mas não tem coragem, principalmente em se tratando de ano eleitoral. A professora fez senão pregar a palavra Deus”, disse.

O delegado Marcelo Falcone disse que tem até 30 dias de prazo para levantar provas e concluir o inquérito. Disse ainda que a professora pode ser indiciada e o caso irá para a justiça.


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