terça-feira, 22 de outubro de 2019

Emirados Árabes Unidos querem reconstruir igrejas destruídas pelo Estado Islâmico

Emirados Árabes Unidos querem reconstruir igrejas destruídas pelo Estado Islâmico

Mesmo sendo um país de maioria muçulmana, os Emirados Árabes Unidos irão apoiar a reconstrução de duas igrejas cristãs que foram destruídas pelo Estado Islâmico, afirmando ser a primeira nação do mundo a reconstruir igrejas no Iraque pós-guerra. 

A colaboração dos Emirados Árabes Unidos é feita em parceria com uma iniciativa das Nações Unidas, chamada Revive the Spirit of Mosul (“Reviva o Espírito de Mosul”, em tradução livre). O movimento é parte de um esforço internacional para reconstruir a segunda maior cidade do Iraque, devastada pelo EI na região de Nínive.  

Um acordo que reitera o apoio dos Emirados Árabes Unidos à iniciativa foi assinado na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em Paris, em 13 de outubro. 

O projeto é uma extensão do acordo assinado em abril de 2018, no qual os Emirados Árabes Unidos se comprometeram a destinar US$ 50,4 milhões para a reconstrução dos locais culturais em Mosul. O projeto inicialmente se referia à reconstrução da mesquita Al-Nouri e do minarete Al-Hadba.

O novo acordo compromete os Emirados Árabes Unidos a restaurar as igrejas históricas Al-Tahera e the Al-Saa'a em Mosul, cidade que foi conquistada pelo grupo terrorista em 2014 e libertada oficialmente pelas forças da coalizão apoiada pelos EUA em julho de 2017. 

De acordo com a instituição de caridade Mesopotamian Heritage, com sede na França, At-Tahira é uma igreja centenária que foi bombardeada durante os ataques em massa a Mosul em 2017. O telhado desabou, mas a porta real e as portas laterais permanecem em pé. Para piorar a situação, o péssimo trabalho de reconstrução pós-guerra piorou a condição do edifício histórico.

Al-Saa'a também é conhecida como A Igreja do Relógio, porque recebeu a imperatriz Eugénie da França, esposa do imperador Napoleão III. Com um relógio afixado em uma torre, a igreja foi construída pelos dominicanos na década de 1870. Segundo o The Telegraph, a igreja foi explodida por terroristas do Estado Islâmico em 2016. 

Além das restaurações da igreja, o acordo dos Emirados Árabes Unidos com a UNESCO inclui a construção de um museu e um memorial que poderiam gerar até 1.000 empregos. Segundo o comunicado, as novas instituições também ajudarão a economia do turismo da cidade. 

“A assinatura de hoje é uma parceria pioneira que envia uma mensagem de luz, em tempos aparentemente mais sombrios. À medida que inovamos na reconstrução, os Emirados Árabes Unidos se tornam o primeiro país do mundo a reconstruir igrejas cristãs no Iraque”, disse a ministra da Cultura e Desenvolvimento do Conhecimento dos Emirados Árabes Unidos, Noura Al Kaabi, durante a assinatura.

Embora os Emirados Árabes Unidos se orgulhem de ser o primeiro país a reconstruir igrejas cristãs em Mosul, os Estados Unidos deram US$ 400 milhões em assistência para ajudar a restabelecer e reconstruir os esforços no norte do Iraque. 


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