sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Viver pregando X pregar vivendo

Viver pregando X pregar vivendo

Há uma enorme diferença entre viver pregando e pregar vivendo. Alguns se tornaram pregadores de Cristo. Falam sobre Ele e o que Ele tem feito, mas não demonstram isto em suas vidas. Outros demonstram isto por meio de sua vida e dispensam até mesmo palavras:

“Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos próprios maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à Palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando sua vida casta, em temor”. (1 Pedro 3.1,2)

Acredito que muitas vezes só deveríamos falar de Jesus depois que nossa própria vida conseguiu chamar a atenção dos outros. Pedro também ensinou sobre isto:

“Antes santificai a Cristo como Senhor em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.15)

O propósito deste ensino é despertá-lo a buscar o poder do Espírito Santo em sua vida. Sem ele, jamais chegaremos a ser o que Deus quer que sejamos: testemunhas eficazes. Somente pelo poder do Espírito é que romperemos numa vida cristã vitoriosa e frutífera. E quando isto acontecer, basta compartilharmos com outros o que nós temos vivido… Acredito que o processo de nos tornar testemunhas envolve três estágios distintos:

1) Primeiro o poder de Deus deve agir em nós

2) Depois contamos aos outros o que experimentamos

3) Então Deus confirma este testemunho com sinais

Testemunhando o que provamos

Quando Jesus libertou o endemoninhado gadareno, aquele homem quis acompanhá-lo em suas viagens e segui-lo, mas o Mestre lhe fez outra proposta:

 “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. Ele se retirou, pois, e começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus; e todos se admiravam”. (Marcos 5.19,20)

Qual era o assunto que este homem deveria abordar ao conversar com as pessoas? Sua única mensagem era dizer o que Cristo lhe havia feito e com isto comunicar o que Deus queria fazer em favor de cada um dos homens. Quando falamos daquilo que provamos o impacto é muito maior nos que nos ouvem. O mesmo se deu com aquela mulher samaritana que Jesus encontrou junto ao poço de Jacó:

 “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele…muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito”. (João 4.28-30 e 39)

No início, as pessoas foram atrás de Jesus por causa da experiência dela; depois, isto já não foi mais necessário, pois começaram a ter suas próprias experiências:

“E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (João 4.41,42)

Os sinais que se seguem

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam”. (Marcos 16.15-20)

Deus prometeu que avalizaria nosso testemunho com mais provas ainda. Mas o processo de nos fazer testemunhas segue, como já afirmei, um ciclo. Primeiro provamos o poder de Deus e temos nossas experiências, depois as contamos. E quando testemunhamos o que provamos, Deus fará mais para aqueles que nos ouvem. O livro de Atos também nos mostra Deus honrando o testemunho dos apóstolos:

“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. (Atos 4.33)

Muitos cristãos têm tentado entrar direto neste estágio final sem permitir que o processo se estabeleça em sua própria vida no padrão que Deus estabeleceu. Mas nunca acontecerá assim! O estágio final é quando Deus coopera conosco (que já provamos o poder) e avaliza o testemunho com mais sinais. Foi exatamente assim que se deu com os apóstolos:

“Testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade”. (Hebreus 2.4)

É hora de a Igreja romper em sinais e milagres. Mas primeiro precisamos levar os cristãos a entenderem a importância de, individualmente, experimentar o poder de Deus, para depois rompermos numa demonstração maior do poder de Deus (1 Co 2.4).

Acredito que neste momento o que mais precisamos é nos voltar para o Senhor em oração, do mesmo jeito que os apóstolos fizeram no início (At 1.14). Isto desencadeará nossa própria experiência com o poder do Espírito Santo que, por sua vez, quando compartilhada, gerará ainda mais sinais para os outros. Foi assim com os apóstolos; depois de 10 dias perseverando em oração no cenáculo, foram cheios do Espírito Santo:

“E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito concedia que falassem”. (Atos 2.4)

Depois, ao testemunhar de Jesus na casa de Cornélio, Pedro vê Deus avalizar seu testemunho dando àquele grupo a mesma evidência do derramar do Espírito, a ponto de Pedro comparar a experiência deles com a sua própria:

“Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo?” (Atos 10.47)

Tenho provado isto em minha própria vida. Os sinais e evidências que eu mesmo passei a provar ao ser cheio do Espírito Santo são reproduzidos hoje por meio de meu ministério em favor de outras pessoas. Experiências novas começaram a acontecer e demonstrar em minha vida que de fato Jesus está vivo e presente ao nosso lado todos os dias. Sem isso (mesmo tendo crescido no evangelho e sabendo expor de cor o plano de salvação) eu não seria uma testemunha eficiente.

Meu desejo é que sua vida seja um reflexo da ação do Espírito Santo, mostrando assim que Jesus Cristo de fato está vivo. Que ao pregar, você possa falar não só daquilo que você soube dele, e sim daquilo que tem provado. E se você não tem provado muito, está na hora de se despertar e cumprir com sua responsabilidade de buscá-lo até que Seu poder atue em sua vida a ponto de fazer de você uma testemunha eficaz! Muitos estão adormecidos e suas vidas não refletem o propósito de seu chamado. Para estes, o Espírito Santo diz:

“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará “. (Efésios 5.14)

Luciano P. Subirá é o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

*O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.


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