sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Luciano Subirá explica se é correto ou não cobrar por eventos cristãos

Luciano Subirá explica se é correto ou não cobrar por eventos cristãos

É correto que uma igreja cobre pelas inscrições de seus eventos? Essa questão foi respondida pelo pastor Luciano Subirá em vídeo publicado nesta quinta-feira (27) em seu canal no YouTube.

Quando é questionado sobre o tema, Subirá diz que as pessoas geralmente se baseiam em Mateus 10:8, que diz “de graça recebestes, de graça dai”.

“Em outras palavras, Jesus está dizendo: nunca cobre para oferecer às pessoas aquilo que você recebeu de graça. Isso não está sujeito a nenhuma discussão”, destacou o pastor.

Nos versículos seguintes, no entanto, Subirá destaca outro princípio ensinado por Jesus: “o trabalhador é digno do seu sustento” (Mateus 10:10).

“O que precisamos entender é que, se por um lado Jesus ordenou que não se cobrasse para oferecer aquilo que recebemos Dele, por outro Ele também instruiu seus discípulos a não bancar a conta sozinhos”, explica Subirá. 

O pastor cita também 1 Coríntios 9:7, onde o apóstolo Paulo questiona: Quem serve como soldado às suas próprias custas? “A mesma lógica diz que embora você não cobre das pessoas, você não banca isso sozinho”, ressalta.

“Não quero parecer estar defendendo que todo e qualquer evento deveria ter inscrição, não estou advogando as pessoas que organizam — até porque a motivação é algo que só Deus pode julgar — mas também não podemos, embora reconheçamos que há pessoas errando, classificar que todos estão agindo de forma errada”, observa.

Subirá esclarece que muitas igrejas não têm caixa suficiente para pagar por toda a estrutura de eventos específicos, como conferências e congressos. Ele diz também que muitos daqueles que criticam as inscrições têm a mentalidade do “mínimo esforço”.

“Muitas vezes, o anseio das pessoas não é porque querem participar e não podem, é por causa de uma mentalidade da lei do mínimo esforço — ela não faz nenhum sacrifício e todo mundo tem que fazer tudo por ela”, comenta.

Buscando abordar o tema segundo a perspectiva bíblica, o pastor diz que não se deve cobrar pela mensagem que é comunicada, mas a estrutura do evento é o que normalmente se cobra.

Por outro lado, ele defende que não é todo evento que deve ser cobrado. “Acredito que se uma igreja começa a simplesmente taxar todo e qualquer tipo de evento e culto, ela começa a entrar em um lugar delicado e perigoso. [Defendo] quando se faz isso em eventos pontuais e dentro de uma lógica — porque de vez em quando eu olho para alguns eventos e não consigo entender a lógica”, observa.

“O que eu tenho aprendido é que eu não posso julgar os outros em sua motivação. Isso não significa que todos estão certos em sua motivação, significa que eu decido colocar isso na mão do Justo Juiz, que é Deus, ao invés de tentar ser o juiz”, conclui Subirá.

Confira o vídeo completo:

 

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