quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Não entre em dívidas, seja disciplinado como José

Não entre em dívidas, seja disciplinado como José

O próximo ponto sobre o qual quero conversar nesta série sobre José são as dívidas.

Você tem dívidas? Sabe qual o impacto que elas podem ter em sua vida financeira?

Até agora falamos sobre diversos aspectos da vida de José, procurando sempre aplicar isso à sua vida financeira. Então vou pedir bastante atenção sobre um dos capítulos mais trá­gicos da história de José.

Você deve lembrar-se de que ele foi nomeado governador do Egito num período que inicialmente foi bom, quando houve sete anos de muita fartura.

Essa ques­tão da fartura é algo que sempre salta aos olhos porque nes­ses períodos nem sempre fazemos o que deveríamos com o dinheiro que ganhamos. Deveríamos planejar, fazer reservas financeiras. Mas, pergunto, você faz isso? Espero que sim, porque a Palavra de Deus nos ensina a planejar.

Muito bem, mas vamos voltar a José e ver o que aconteceu no Egito de sua época. José tinha planejado tudo direitinho para estocar o trigo e assim ter as reservas necessárias para os anos de fome que viriam pela frente.

Mas, e as pessoas que viviam por lá, será que fizeram isso também? Será que estocaram o trigo em suas propriedades seguindo o exemplo de José? Aparentemente não. E por que se pode supor isso? Porque quando os anos de fome chegaram, o que aconteceu? Eles foram direto pedir alimento a José. O texto bíblico diz assim: Quando os egípcios começaram a passar fome, foram pedir alimentos ao rei. Ele disse: “Vão falar com José e façam o que ele disser”.

Quando a fome aumentou no país inteiro, José abriu todos os armazéns e começou a vender cereais aos egípcios (Gênesis 41.55,56). Veja a sequência desastrosa dos fatos: o povo perdeu todo o dinheiro comprando alimento.

Quando o dinheiro acabou, eles trocaram os seus rebanhos por comida. Depois venderam suas terras ao faraó para pode­rem sobreviver. E ficaram sem nada. Seus ativos financeiros tiveram de ser vendidos para garantir sua sobrevivência.

Por último, José estabeleceu um tributo de 20% sobre a produ­ção de grãos no Egito.

Perceba como o endividamento dessas pessoas as levou a perderem tudo. Agora pergunto, será que eles não poderiam ter seguido o padrão de planejamento que José estabeleceu e assim passar pelos anos de fome sem pre­cisar perder seu dinheiro e seus bens?

Quando não nos pla­nejamos financeiramente, é muito comum adotarmos para nossas finanças o padrão de endividamento, e o resultado é geralmente muito ruim, com pagamento de juros que vai aos poucos nos empobrecendo.

Precisamos aprender com este capítulo triste do povo do Egito que o planejamento finan­ceiro deve ser a regra para evitarmos a perda de bens precio­sos, que foram ganhos com muito trabalho.

Conclusão: A regra deve ser o planejamento financeiro, não o endividamento. Estabeleça um plano para sair das dívidas e elabore um plano de gastos detalhado para não mais pagar juros a bancos ou quaisquer outras instituições similares. Ao deixar de pagar juros, esse dinheiro poderá ser usado para atender às suas necessidades e desejos.

Por Paulo de Tarso, pastor, engenheiro e mestre em Teologia.  Fundador do Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia. É autor dos livros “Sucesso Financeiro” e da série “Finanças em Ação”.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: A importância do planejamento financeiro segundo Deus


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